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Indígenas denunciam calote de candidato em compra de voto em Peixoto de Azevedo

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O articulador e professor de cultura indígena Takaktum Metuktire, residente na aldeia Piaraçu, Terra Indígena Capoto/Jarina, localizada na zona rural de Peixoto de Azevedo/MT, apresentou denúncia formal à Promotoria de Justiça Eleitoral da 33ª Zona Eleitoral de Mato Grosso, no dia 12 de novembro de 2024, relatando suposta compra de votos por parte de um candidato à prefeitura.

Segundo Takaktum, o candidato conhecido como “Paulistinha” teria visitado a aldeia no dia 29 de setembro de 2024, acompanhado por lideranças locais e representantes da cidade, com o objetivo de angariar votos das comunidades indígenas e ribeirinhas próximas, que totalizam cerca de 1.500 pessoas. Durante a reunião com as lideranças indígenas, o candidato teria prometido o pagamento de R$ 10.000,00 em troca de apoio eleitoral.

Ainda de acordo com o declarante, foi efetuado o pagamento de R$ 5.000,00 em espécie no momento da visita, sendo o restante prometido para após as eleições. No entanto, o valor remanescente não foi pago. O articulador também afirmou que algumas lideranças foram instruídas a incentivar o voto no candidato entre os demais moradores da aldeia.

A denúncia aponta que houve reuniões internas entre as lideranças para comunicar os moradores sobre os valores pagos e a intenção de direcionamento do voto, o que configura uma possível prática de captação ilícita de sufrágio, popularmente conhecida como “compra de votos”.

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Takaktum Metuktire solicitou providências ao Ministério Público Eleitoral, que deverá investigar o caso para averiguar as supostas irregularidades e, caso comprovadas, adotar as medidas legais cabíveis contra os envolvidos.

A denúncia reforça a importância de garantir a integridade do processo eleitoral, especialmente em comunidades vulneráveis, como as indígenas, onde tentativas de manipulação de votos podem comprometer a legitimidade das eleições e a representatividade democrática.

O Ministério Público ainda não se manifestou oficialmente sobre as próximas etapas da investigação.

Fonte: Estadão

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