13 de março de 2025

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Gleisi liga para Haddad e líderes do Congresso para iniciar articulação

A ligação foi interpretada por aliados de Gleisi como um gesto para pacificar a relação com Haddad. A presidente do PT é uma das principais críticas da política econômica do governo. Logo após o presidente...

Gleisi liga para Haddad e líderes do Congresso para iniciar articulação

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A ligação foi interpretada por aliados de Gleisi como um gesto para pacificar a relação com Haddad. A presidente do PT é uma das principais críticas da política econômica do governo. Logo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva definir Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), a futura ministra fez uma série de telefonemas para ministros do governo e líderes no Congresso. Um dos telefonemas foi para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que era contrário à escolha da petista para a articulação política.A ligação foi interpretada por aliados de Gleisi como um gesto para pacificar a relação com Haddad. A presidente do PT é uma das principais críticas da política econômica do governo e já protagonizou embates com Haddad em vários momentos da história do partido.A nova ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da SilvaReproduçãoLula convidou Gleisi para ser ministra durante uma reunião na manhã desta sexta-feira (28) no Palácio do Planalto. O encontro ocorreu por volta de 10h e não estava na agenda oficial do presidente. Pouco depois de 13h, a Secom (Secretaria de Comunicação Social do governo) divulgou uma nota curta para informar a escolha de Gleisi.Assim que a nota foi divulgada, Gleisi já começou a fazer as ligações para os ministros e líderes. Às 15h, ela embarcou com Lula e outras autoridades rumo a Montevidéu para acompanhar a posse do presidente uruguaio, Yamandú Orsi.Com Gleisi no Palácio, Lula dobra a aposta em agenda do PT e da esquerda e isola HaddadGleisi já vinha sendo apontada por ministros e auxiliares de Lula como favorita para assumir o posto, mas não havia qualquer expectativa de anúncio nesta sexta-feira, véspera de Carnaval. A decisão de Lula contraria a expectativa de líderes do centrão, que defendiam a escolha de alguém do grupo para a articulação política. No Congresso e mesmo em setores do PT, o diagnóstico é que a relação do governo com outros partidos tende a piorar. Segundo fontes no Palácio e no PT, o principal fator para a indicação de Gleisi foi a confiança plena que Lula tem na deputada. Gleisi presidiu o PT no momento mais difícil da história do partido, quando Lula esteve preso. Internamente, foi quem bancou a tese de que o PT deveria ter como centro de sua tática política a defesa intransigente da liberdade de Lula.Aliados de Gleisi contestam a versão de que a parlamentar é radical e intransigente. Destacam, por exemplo, o papel de articuladora que ela cumpriu em 2022, quando foi coordenadora da campanha vitoriosa de Lula. Outro argumento é a boa relação que ela construiu com líderes de outros partidos e com o presidente da Câmara, o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB).