Na manhã desta quarta-feira (5 de fevereiro), a Polícia Federal deflagrou a Operação Munduruku Log, com o objetivo de desmantelar uma rede criminosa que fornecia apoio logístico ao garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku, localizada no município de Jacareacanga, no Pará.
A operação teve abrangência interestadual, com o cumprimento de 18 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal, alcançando as cidades de Alta Floresta e Sinop (MT), além de municípios no Pará e Rondônia.
Durante as ações, foram apreendidos veículos de luxo, motocicletas de grande cilindrada, joias e ouro, que possivelmente têm origem na exploração ilegal da terra indígena. Além disso, houve o bloqueio de bens e contas bancárias dos investigados, totalizando cerca de R$ 24 milhões.
Investigação e desdobramentos
As investigações iniciaram após a identificação de comércios em Jacareacanga que forneciam apoio ao garimpo ilegal, como combustível e transporte de maquinário pesado. Com o avanço da Operação de Desintrusão da Terra Indígena Munduruku, em novembro de 2024, e a prisão de vários envolvidos, a rede criminosa passou a operar em outras cidades, incluindo Alta Floresta, na tentativa de evitar a repressão policial.
No entanto, com a deflagração da operação nesta quarta-feira, os suspeitos foram identificados e alvos de mandados de busca e apreensão.
Os investigados responderão criminalmente por danos ambientais, usurpação de bens públicos da União e crimes contra o povo indígena Munduruku, cujas penas podem chegar a 12 anos de prisão.